domingo, 26 de junho de 2011

... Minhas lágrimas pedem socorro, o ódio já está dominando-me tão rapidamente, em vez de me afundar de uma maneira só, isso me trás a frieza e o sofrimento dos anos que viram, dos desgostos que terei, das matanças que talvez cometerei.
Sinto-me como um anjo cinza, meio terno, ou talvez vago. Era como se houvessem atirado no meu peito um pedaço de pedra e enfincando mais profundamente para ferir meu coração aborrecido, porém eu apreciava essa atitude, a dor continuava de uma outra maneira, mas sensível e mais rápida.
Enquanto gotas de águas escorriam sobre meu rosto no meio da tempestade, esborrachava sangue no chão formando poças longas. Mal conseguia abrir meus olhos, minha cabeça girava e vários pontapés eram sentido, porém não havia mais ninguém no local, era como se o fim tivesse me absorvendo. No momento desesperei-me, mas já não tinha forças para me levantar, era como se a chuva me levasse pra bem longe, amenizando minha dor. Foi então que me entreguei para a morte.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Talvez seja estranha a forma de como vejo as coisas, ou de como elas me observam. Acredito que esse mundo não seja meu, ou até mesmo de ninguém.
Vivo perdido nas pessoas, nos corações, nas almas. É, o mundo já não é favorável a mim. Sinto-me sozinha inúmeras vezes, porém, sei que não estou. Sinto uma leve brisa ao meu lado, uma segurança um conforto indispensável. Talvez seja isso que me leve a desmoronar muitas vezes.
Todos nós, assim como sentimos a dor, sentimos a felicidade. Assim como nos lamentamos dias e noites, sabemos agradecer por nossa existência. E lhe pergunto, o mundo mudou? Talvez não. Quem sabe nós que o modificamos?
Quanto mais perto do céu estou, mais fortalecida eu fico. Mais longe do chão, da terra, do mar, até mesmo do inferno. Desmanchando as mágoas escondidas nos olhares daquelas crianças inofensivas, vivas, lutadoras, e dolorosas.
Infelizmente somos covardes, o que fazemos para o melhor de nós? Nos enterrados água baixo, e toda vez que pisamos em possas fundas, afundamos mais e mais. E quando não tem mais pra onde respirar, vem o arrependimento, a culpa, o medo.
Já pensou no futuro? Nas conseqüências? Nos seus atos? Se tudo fosse tão fácil teríamos outras vidas, pois erramos agora, mas depois podemos concertá-las, sem pressa, oras. Se aqui seus passos foram incorretos, quem sabe antes foram certeiros. E acreditar nisso? Como diz o ditado “Não deixe pra depois o que se pode fazer hoje”. O amanhã, o antes ou o depois é inválido no hoje, no agora. Só não se perca em ruínas construídas por ti, não pense que está sozinho, pois tu sempre sentirás uma brisa ao seu lado. E tu sabes quem é? Ninguém sabe. Apenas acredite nele. Ser fraco não faz parte de mim, não faz parte de nós.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Feche os olhos, sinto o gosto, o desejo de seus beijos. Tão difícil esquecer o que se constrói com todo amor, sem saber que... Talvez esse fosse o último momento.
Subitamente, você surgiu, em uma queda inevitavelmente mortal, lhe destruirá assim como o meu coração, em pedaços como uma canção, sem rima e sem refrão. A dor do silêncio, a voz da companhia que me seguia.
Abrá-os, abrá-os, vá em frente, siga o caminho que foi lhe construído com tanto rancor e suor... Suas lágrimas irão se desmanchar a cada passo torto e fundo que você desse. Sujas e empoeiradas lembranças que doessem em mim, o passado que lhe entreguei o fim.
Um dia solitário, um dia sem alguém, sem chover, sem viver. Um dia que você fez, assim com apenas seu lápis preto e branco, pôde construir minha trilha infinita, andarei e andarei, mas não o encontrarei... Já que fez chuvas. Chuvas de dor, de ódio, de amor, de saudade, de... De? Você.
Lendas já fazem parte de nossas lembranças frágeis. Está escrito em sua ferida, o viver e permanecer seguindo, o amor isolado pela morte revoltante, tirou-lhe de mim. Oh, dor incurável, sarcástica, amargurada. Como pode deixar-me aqui? Isolado, sofrido, arranhado pelo sofrimento que a mim foi feito.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Apesar da ferida incurável que devora meu coração, não posso deter completamente meus pensamentos que habitam no meio da multidão pecadora.
Enquanto estava caminhando pelo abismo da solidão, fui salvo por olhos realistas que nunca mudam. Mas uma sombra que nasceu quando a luz brilhou profunda e pronunciadamente se arrasta para mim.
As duas batidas são como espelhos, um frente ao outro. Os tormentos são similares mais diferente e continuam infinitamente atormentando-me.

sábado, 19 de março de 2011

Difícil talvez seja percorrer as estradas vázias sem ninguém, sem você. O tempo se passa, o sentimento se acaba. Mas ainda lembrarei de ti, como um último pedido, um último desejo.

O vento, essa brisa, esse cheio, o teu veneno. Doerá cada lágrima caída que desmoronara ao chão, teu cheio sumirá assim que você se partir. Então, não vá pra longe, longe de mim.

Estamos apenas perdidos no tempo? Ou o tempo está perdido entre nós? Vidas alheias se perdem de mim, voam como asas de um anjo ferido. Como posso afirmar que essa doer será passageira? Minhas perguntas, calam-te profundamente.

E agora pergunto a mim mesma, como posso sentir sua falta? Se você nunca esteve presente em mim? Aonde está o fogo? Você se tornou a chuva silenciosa dos meus dias.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Seus olhos adormecem, enquanto eu ainda estou de pé lhe observando. Você dorme como um anjo, um anjo sem asa para se salvar da multidão.

Afundo-me em suas lágrimas e gotas de sangue de seus lábios. A multidão se aproxima e não à escapatória para nós dois. Não poderei lhe deixar aqui, se você se afundar nas águas da angustia, todos iram se debater até que outro anjo se escape das trevas que nos persegue.

Não, dessa vez não...Segure minha mão, iremos voar bem alto, atrás das montanhas coberta de terras, fugiremos das trevas que nos observam. Segure-me, por favor. Temos um ao outro, tudo se resolverá.

Os dias estão contados, e os minutos passam depressa. Obscurecendo novamente, e estou aqui, parada, observando a corrente de água que iremos caminhar amanhã. Se você ainda sobreviver a multidão em nosso caminho.

Grite, isso, grite. Se vá como brisa do vento, você partirá como minhas gotas de sangues se partiram uma vez. Orarei por você, pensarei em você. Estarei com você, sem você saber. Apenas sinta a minha respiração, o meu coração e segure minhas mãos. Você é um anjo, um anjo sem asa.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sinta-me, apenas sinta-me. Estarei tão longe e tão perto de você, ouvirei sua voz rouca e tremula por alguns minutos e depois irei lhe beijar loucamente envolvendo os meus braços em suas nádegas e direcionando seus seios aos meus olhos. Sinta-me absurdamente iludindo-a, depois do prato feito vem a refeição. Ao estiver dormindo irei ao seu lado assoprar seus lábios e sentir sua respiração, em seguida, lentamente lhe cortarei com minhas garras afiadas e enfiarei-a em sua genital, sangrará até o final da noite. Você gosta? Gosta. Eu sei que posso fazer mais do que acha poder. Você será a minha refeição de amanhã, com o seu sabor poderei captar indivíduos invísiveis e possuí-los ao meu corpo azul.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Pequenos dias de certeza, pequenos dias sem problemas. Pensamos mas nunca refletimos na realidade, e sim na ficção. Hoje, agora, posso dizer que estou em um grande mundo imundo de ilusões e perdições. Olhamos para trás várias vezes e tentamos refletir em nossos erros cometidos, e seguir adiante sem comete-los novamente, mas do que adianta? No final caímos de novo até chegar um momento que já não á pra onde ir. Imagino se á uma saída em um subsolo, quem sabe...Talvez por lá ninguém vá te acompanhar.
Com passos leves, caminhamos em meio a escuridão, apenas vaga-lumes iluminando o caminho de volta, você se depara com alguém próximo de você, pensamos "será?" Você nunca sabe quem é, nunca sabe o que pode acontecer, só sabe que precisa. É então que a escuridão domina aquele caminho perverso e único no subsolo. Se perdeu, quem caí uma vez deve se levantar e não tentar mais, não dá pra se afundar duas vezes no mesmo lugar.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A tempos não venho expressar-me por aqui. Foram alguns meses, dias, minutos e segundos. Meu pensamentos me condenam mais do que meu coração. A angustia vem com um movimento bruto que as vezes é impossível de controlar. Foi apenas em um dia qualquer com um silêncio profundo e pensamentos virtuosos, pouquíssimas palavras me calaram naquele momento, meu coração movimentou-se em um ritmo acelerado e igualado. Senti uma brisa intensa e um arrepiar suave, sem pensar e decorar minhas palavras foi então...Poucos minutos depois, algo crescente foi fazendo-me ver que talvez seria a minha chance de sorrir novamente. Dias e dias, tudo tão sentimental e delicado, cada sentimento expressado em poucas palavras me fizeram acreditar e ter a certeza de que eu estaria lá pra mudar, não apenas ela e sim a mim. O que eu sentia em todos aqueles momentos eram sentidos mais inexplicáveis, era bom tão bom, fazia-me esquecer das coisas mais dolorosas que pousou um dia sobre mim. Tinha certeza de que sentia algo forte assim, não irei negar pois ainda sinto se és forte o suficiente como antes? Já não posso dar essa afirmação. Com o tempo as coisas foram mudando, não compreendia o que estava havendo, confesso-me que ainda não entendo. Havia dito desdo começo sua forte personalidade indiferente, sempre pensamos pra menos, é o que observo. Agora fico insegura com tudo e com todos, não penso-me em amar alguém assim tão depressa, sem ao menos saber o que ambos vão pensar. Sinto uma leve frieza crescendo lentamente dentro de mim, alguns dizem que irei começar a dar-me mais valor, espero que estejam certos. Irei corrigir meus passos e meus pensamentos tolos, dar a voltar por cima talvez a faça cair mais profundo.

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