quinta-feira, 17 de março de 2011

Seus olhos adormecem, enquanto eu ainda estou de pé lhe observando. Você dorme como um anjo, um anjo sem asa para se salvar da multidão.

Afundo-me em suas lágrimas e gotas de sangue de seus lábios. A multidão se aproxima e não à escapatória para nós dois. Não poderei lhe deixar aqui, se você se afundar nas águas da angustia, todos iram se debater até que outro anjo se escape das trevas que nos persegue.

Não, dessa vez não...Segure minha mão, iremos voar bem alto, atrás das montanhas coberta de terras, fugiremos das trevas que nos observam. Segure-me, por favor. Temos um ao outro, tudo se resolverá.

Os dias estão contados, e os minutos passam depressa. Obscurecendo novamente, e estou aqui, parada, observando a corrente de água que iremos caminhar amanhã. Se você ainda sobreviver a multidão em nosso caminho.

Grite, isso, grite. Se vá como brisa do vento, você partirá como minhas gotas de sangues se partiram uma vez. Orarei por você, pensarei em você. Estarei com você, sem você saber. Apenas sinta a minha respiração, o meu coração e segure minhas mãos. Você é um anjo, um anjo sem asa.

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